sábado, 17 de outubro de 2015

I Tessalonicenses 1 a 5

I Tessalonicenses 1

Sob o Poder da Palavra e do Espírito – 1 Tessalonicenses 1

A Primeira Epístola aos Tessalonicenses foi escrita por Paulo no final da sua segunda viagem missionária, quando se encontrava em Corinto, cerca de 51 e 52 d.C.
Ele havia fugido para a Grécia por causa das perseguições que havia sofrido na Macedônia, onde estavam situadas as cidades de Filipos, Tessalônica e Bereia, que havia evangelizado nesta ordem.
Tendo sido perseguido em Tessalônica teve que fugir para Bereia, mas tendo seus perseguidores vindo em seu encalço também nesta cidade, teve que fugir para a Grécia, indo primeiro para Atenas, e logo posteriormente foi para Corinto, de onde escreveu a epístola aos tessalonicenses.
Timóteo e Silvano (Silas) são citados na saudação inicial (v. 1), porque haviam trazido notícias da Igreja de Tessalônica a Paulo, quando vieram ter com ele em Corinto, conforme lhes havia determinado, e isto deu ocasião à escrita desta epístola.
Ao dizer que a Igreja de Tessalônica estava fundada em Deus Pai e em nosso Senhor Jesus Cristo no verso primeiro, Paulo não estava omitindo o Espírito Santo, em quem ela também estava fundada, mas simplesmente por ter escrito tais palavras inspirado pelo próprio Espírito, que nunca dá glória a Si mesmo, mas ao Pai e ao Filho (João 16.13-15).
Ele cita o Espírito Santo nesta epístola dizendo que os tessalonicenses tinham recebido o evangelho no poder e alegria do Espírito (1.5,6); que Deus era quem lhes deu o Espírito (4.8), e para que não extinguissem o Espírito (5.19).
Como em todas as suas demais epístolas orou para que a graça e a paz lhes fossem dadas pelo Senhor (v. 1).
A paz é fruto da graça, e por isso sempre vêm juntas, porque a paz, que é tão desejada, não pode existir sem a graça do Senhor em nossos corações, dirigindo  nossa vida.
E, também orava dando graças a Deus por todos eles, por causa da lembrança constante que tinha da obra de fé e do trabalho de amor que realizavam para Deus, e da firmeza da sua esperança em Jesus Cristo, diante de Deus Pai; estando certo de que eram verdadeiros eleitos, e por isso seus irmãos, e também amados de Deus (v. 2-4).
Nós vemos Paulo citando no verso 3, as três graças principais: a fé, o amor e a esperança, das quais o amor é a maior, conforme se lê em I Cor 13.13.
Os tessalonicenses haviam crido em Deus Pai e em Jesus Cristo por meio do evangelho que Paulo lhes havia pregado, não somente com a mensagem relativa à Palavra, mas também no poder do Espírito Santo, que operou neles a convicção do pecado, da justiça e do juízo, e que lhes regenerou, fazendo com que se tornassem novas criaturas em Cristo (v. 5).
Paulo disse que o evangelho não lhes havia chegado somente em palavras, mas também em poder e no Espírito, porque não foram apenas ouvintes de uma mensagem, mas foram sacudidos em suas consciências e corações, pelo poder do Espírito, ungindo a Palavra que ouviram, e que transformou as suas vidas.
Eram estas realidades espirituais que davam a Paulo a plena convicção de que eram eleitos de Deus (v. 4).
Onde quer que o evangelho seja pregado com poder, isto será atribuído à operação do Espírito Santo; e a menos que o Espírito de Deus acompanhe a palavra pregada, para torná-la eficaz pelo Seu poder, nós nada seremos além de uma carta morta, porque somente a letra, mata, pois é o Espírito que dá vida.
Esta é a razão de que muitas Igrejas, apesar do seu zelo pela palavra da verdade, não têm a vida de Deus fluindo nelas, porque se apóiam apenas na letra e deixam o poder do Espírito de fora.
Paulo disse aos tessalonicenses que bem sabiam como o Espírito havia operado neles pela Palavra, por causa do modo como esteve entre eles, de maneira que se tornaram seus imitadores e do Senhor, porque haviam recebido e crido na Palavra, que lhes foi pregada, estando também em grande tribulação, por causa das perseguições que estavam sofrendo, tal como ele, mas independentemente destas aflições, haviam recebido a Palavra com alegria do Espírito Santo (v. 5b,6).
Crer e permanecer firme na fé no meio das provações gera perseverança e maturidade espiritual, que são condições necessárias para darmos um bom testemunho de Cristo; e da força do Seu poder operante que atua em nós, nos dando alegria espiritual no meio das nossas aflições.
Por isso, os tessalonicenses se tornaram uma Igreja modelo para todos os cristãos das regiões nas quais se fazia sentir a influência deles, a saber, na própria Macedônia onde estavam também as cidades de Filipos e Bereia; bem como na Acaia (antiga Grécia), com as cidades de Atenas e Corinto, e até mesmo para além destas regiões (v. 7, 8).
O bom exemplo dos tessalonicenses estava deixando boas impressões nos demais cristãos, e toda vez que alguém se torna seguidor de Cristo, esta pessoa será um modelo para outros que a imitarão, assim como ela é imitadora de Cristo.
A transformação da vida dos tessalonicenses e o modo como anunciavam a Palavra nestas regiões davam um testemunho em favor do próprio ministério de Paulo, porque comentavam que debaixo do seu trabalho e da sua pregação, os tessalonicenses haviam se convertido dos ídolos para Deus, para servirem ao Deus vivo e verdadeiro, e a esperarem dos céus a volta do Senhor para arrebatar a Igreja (v. 9).
Assim, quando há esta frutificação no nosso ministério, pela operação segundo a verdade naqueles que alcançarmos para Cristo, isto dará um bom testemunho do nosso trabalho, pelo que for realizado por estes que alcançamos para Deus, tal como era o caso de Paulo em relação aos tessalonicenses.
Os tessalonicenses estavam firmes na esperança do evangelho trabalhando em prol da volta de Jesus, para serem achados por Ele santos e irrepreensíveis na Sua vinda.
Os santos do Antigo Testamento aguardavam pela primeira vinda de Jesus para nos trazer a redenção, e os santos da dispensação da graça aguardam pelo retorno do Senhor, para serem glorificados juntamente com Ele.
Esta esperança é certa e segura porque em Jesus os cristãos foram livrados da ira vindoura, que Deus manifestará no dia do Juízo sobre aqueles que não acolheram a graça do evangelho para serem salvos, porque amaram a mentira e a injustiça (v. 10).  


“1 Paulo, Silvano e Timóteo, à Igreja dos tessalonicenses, em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam dadas.
2 Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações,
3 lembrando-nos sem cessar da vossa obra de fé, do vosso trabalho de amor e da vossa firmeza de esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai,
4 conhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição;
5 porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção, como bem sabeis quais fomos entre vós por amor de vós.
6 E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra em muita tribulação, com alegria do Espírito Santo.
7 De sorte que vos tornastes modelo para todos os cristãos na Macedônia e na Acaia.
8 Porque, partindo de vós fez-se ouvir a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e na Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se divulgou, de tal maneira que não temos necessidade de falar coisa alguma;
9 porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro,
10 e esperardes dos céus a seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira vindoura.”. (I Tessalonicenses 1.1-10)




I Tessalonicenses 2

Testemunho Fiel sob Perseguições – I Tessalonicenses 2

Quando Paulo escreveu I aos Tessalonicenses, ele já havia passado por todas as perseguições e tribulações que são descritas nos capítulos 16 e 17 do livro de Atos, e se referiu a estes padecimentos para lembrar aos tessalonicenses como foi que o evangelho havia chegado a eles, e quais situações havia vivido e estava vivendo para fazer Cristo conhecido.
Mesmo tendo sido maltratado na prisão de Filipos e sendo expulso da cidade (At 16.39), não se intimidou com isto, nem considerou que havia fracassado em seu ministério, porque sabia que teria que sofrer todas estas coisas, para testemunho de que pregava não por interesse, mas porque estava encarregado por Deus de pregar a Palavra do evangelho, da salvação da morte e da condenação, por meio da fé em Cristo.
A morte entrou no mundo por causa do descrédito que Adão e Eva haviam dado à Palavra de Deus no Éden. E agora, a vida eterna em Jesus Cristo estava sendo oferecida pelo caminho de volta, a saber, pelo crédito que se deve dar à Palavra de Deus.
Assim, a vida é decorrente da fé que se tem na Palavra da verdade pregada.
Por isso, Paulo se esforçava sobremaneira para manter a Palavra fiel, que lhe fora revelada por Deus, para que a ouvindo no poder do Espírito, pecadores que se encontravam mortos em seus delitos e pecados pudessem achar a vida eterna, por meio da aceitação em fé da Palavra do evangelho.
De sorte que a chegada de Paulo em Tessalônica produziu muito fruto, porque manteve a confiança em Deus, apesar de tudo o que estava sofrendo, para lhes anunciar o evangelho, não também sem sofrer perseguições enquanto lhes pregava, de forma que diz que o fez “em meio a grande combate” (v.1,2).
Deus havia honrado e confirmado a fidelidade do apóstolo à Sua Palavra e vontade, fazendo com que houvesse conversões e a fundação da primeira Igreja não somente em Filipos, como também em Tessalônica, e por isso Paulo diz que a sua entrada entre eles não foi vã (v. 1).
O apóstolo havia sido preparado por Deus para pregar o evangelho aos gentios.
Mais de quinze anos haviam se passado desde a sua conversão, até que foi separado juntamente com Barnabé pelo Espírito Santo, quando ambos serviam à Igreja de Antioquia da Síria como mestres da Palavra, para saírem agora como missionários para alcançarem o mundo dos gentios para Cristo, dando início à missão da Igreja de pregar o evangelho em todo o mundo; missão esta, que continuaria e permanece ainda como um desafio para nós em nossos próprios dias.
O segredo do sucesso de Paulo e todos aqueles que foram usados poderosamente por Deus residia nesta verdade de que eles pagaram o preço da transformação de suas vidas por uma inteira consagração ao Senhor, pela prática da Sua Palavra, através de uma intensa vida de serviço e de oração.
Como Paulo havia sido preparado e aprovado por Deus, para que o evangelho lhe fosse confiado, não realizaria o seu ministério, como de fato não realizou, para agradar a homens, mas a Deus, que põe antes à prova os corações dos seus ministros, como havia feito com Abraão e com Moisés no passado, para que possamos saber que realmente estamos fazendo a Sua obra não por interesse próprio ou de outros, mas em estrita obediência ao que Ele nos tem ordenado, e para a Sua exclusiva glória.
Deste modo, a exortação de Paulo aos homens para que se arrependessem e cressem em Cristo, e para que abandonassem o pecado se voltando para Deus, não podia proceder de erro, nem de imundícia, e nem era feita com dolo, isto é, com a intenção de enganar e iludir as pessoas, ao contrário, era para conduzi-las à verdade que está em Cristo Jesus  (v. 3,4).
O apóstolo não estava se justificando com os tessalonicenses, nem mesmo se desculpando ao lhes falar desta maneira, mas estava lhes trazendo à lembrança que não somente a Palavra, que havia pregado, mas o modo de vida na verdade, que demonstrou no seu próprio viver eram completamente fidedignos, segundo a vontade de Deus,  e de inteira aceitação, de modo que jamais deveriam se desviar das coisas que haviam aprendido.
Os pregadores do evangelho que desejarem ser como Paulo, devem  ser seus imitadores quanto aos seus motivos no ministério, que devem estar corretos, como se encontravam no apóstolo, porque disse aos tessalonicenses que nunca havia usado de palavras lisonjeiras e nem havia agido com intuitos gananciosos, e que Deus era testemunha disto.
Que nunca havia buscado glória de homens, nem dos tessalonicenses ou de quaisquer outros, embora pudesse, na condição de apóstolo de Cristo, exigir que se encarregassem totalmente do seu cuidado, coisa que, no entanto, não fez, porque não desejava ser um peso para eles; ao contrário, estava disposto a se gastar inteiramente por amor a eles, lhes servindo qual ama que cuida dos seus filhos (v. 5 a 7); sendo brando e não áspero e rigoroso.
Foi por motivo de amor aos tessalonicenses, e do desejo de se dar a eles, que em vez de lhes exigir o sustento que era devido, trabalhava e se afadigava noite e dia, para lhes pregar o evangelho sem exigir nada em troca (v. 9).
Os tessalonicenses eram testemunhas do modo santo e irrepreensível com que Paulo se portou com eles, e sabiam que lhes havia tratado como um pai a seus filhos, especialmente quando lhes exortava e consolava para que andassem de modo digno de Deus, por causa da Sua chamada para serem participantes do Seu reino e glória que são de amor, justiça e santidade (v. 10 a 12).
Paulo se ajustou às capacidades de todos os homens, e se tornou tudo para todos.
Assim, apesar de não usar de palavras lisonjeiras, ele se mostrava condescendente para com todos.
A prova do grande amor de Paulo para com os seus filhos na fé, se comprovava nas grandes perseguições e aflições que sofria por causa deles, para que fossem confirmados na verdade.
A prontidão do apóstolo em comunicar sua própria alma aos tessalonicenses (v. 8), além do evangelho, era também uma grande prova de amor, porque o espírito humano é o veículo, o canal através do qual flui o poder do Espírito Santo.
Por isso, os tessalonicenses não haviam considerado e nem recebido as palavras de Paulo como sendo algo da sua autoria, ou então inventado pela filosofia dos homens, mas como é de fato, a Palavra de Deus, e relativa à vida, morte e obra de Jesus em favor dos pecadores, para que sejam salvos e transformados em filhos de Deus.
Foi por causa da fé na Palavra e no seu poder, quando aplicada pelo Espírito, que os tessalonicenses se tornaram um grande exemplo de fé e de perseverança e paciência nas perseguições que estavam sofrendo dos seus próprios compatriotas, que estavam sendo instigados pelos judeus,  que tentavam a todo o custo impedir a pregação do evangelho entre os gentios, tal como faziam os da Judeia (v. 14).
Os judeus haviam matado aos profetas e ao Senhor Jesus, e estavam não somente resistindo à pregação do evangelho, como também estavam tentando impedir a sua propagação, perseguindo ao apóstolo Paulo.
Os judeus não somente não queriam que o evangelho lhes fosse pregado, como também aos gentios.
Com isto estavam sempre enchendo a medida da ira de Deus contra eles (v. 15, 16), e cerca de vinte anos depois da escrita desta epístola aos tessalonicenses (70 d.C.), seriam duramente assolados pelo Império Romano e espalhados por todo o mundo.
Assim como os judeus haviam perseguido a Jesus, aos apóstolos e a todos os que estavam pregando o evangelho na Igreja Primitiva, de igual modo não são poucos os cristãos  que apesar de pertencerem à Igreja de Cristo ainda continuam perseguindo aqueles que desejam viver de modo verdadeiramente consagrado a Deus.
Eles são, por assim dizer, os herdeiros espirituais dos escribas e fariseus dos dias apostólicos.
Eles amam viver na carne e é por isso que detestam a obra do Espírito, porque a carne luta contra o Espírito, e ambos são opostos entre si.
Assim como os fariseus dos dias de Jesus, o principal motivo deles perseguirem os cristãos espirituais não é o que alegam, a saber, que o fazem por amor e zelo pela Palavra de Deus, porque se a amassem de fato, procurariam andar no Espírito, santificando suas vidas, conforme é ordenado na Palavra.
O verdadeiro motivo é que amam viver na carne e os que andam na carne, não podem, obviamente, andar no Espírito.
Esta é a verdadeira razão de procederem deste modo, perseguindo seus irmãos espirituais.
Mas, assim como os judeus que perseguiam o evangelho, estes também não podem agradar a Deus, e Ele lhes manifestará o Seu desagrado (v. 15) em tempo oportuno, tal como havia manifestado àqueles.
Nenhuma perseguição pode ser admitida onde se prega e vive o verdadeiro evangelho.
Isto está totalmente contra a natureza do evangelho, que consiste basicamente no anúncio de boas novas aos pecadores, de que todos os seus pecados podem ser cancelados por meio da fé em Cristo, porque Deus deliberou ser misericordioso para com as nossas iniquidades nesta presente dispensação da graça.
Como poderia, portanto, ser admitida a perseguição de pessoas a que título for?
Aqueles que o fazem pretextando zelo por Deus estão completamente equivocados.
Ao encerrar este segundo capítulo Paulo disse aos tessalonicenses que havia muito desejado estar com eles, mas apesar de estar ausente no corpo, não o estava, contudo no espírito (v. 17).
Ele havia desejado inclusive ir ter com eles pelo menos duas vezes, mas em ambas, Satanás lhe havia impedido (v. 18).
Satanás é um inimigo constante ao trabalho de Deus, e faz tudo o que se encontra ao seu alcance para tentar obstruir este trabalho.
Ele o faz agindo diretamente no mundo espiritual ou por meio dos seus agentes humanos.
Nós sabemos discernir perfeitamente quando e como ele está operando, quando andamos no Espírito.
Algumas vezes ele poderá ter uma vantagem temporária sobre nós, tal como fizera com Paulo, mas não poderá de modo algum deter a obra que Deus tiver designado fazer através de nós, quando nos aplicamos à mesma com diligência e debaixo do temor do Senhor.
Ele pode vencer algumas batalhas, mas não a guerra, porque a sua causa já se encontra perdida e a vitória pertence a Jesus e à Sua Igreja, que pisam a cabeça da velha Serpente.
Ainda que estejamos ausentes daqueles que foram colocados por Deus debaixo do nosso cuidado, especialmente aqueles que têm sido fiéis a Cristo, eles continuam sendo a nossa esperança, alegria e coroa de glória diante do Senhor no dia da Sua vinda, porque dar-nos-ão motivo de alegria no dia da nossa prestação de contas como mordomos de Deus em relação a eles, tal como os tessalonicenses foram para Paulo (v. 19, 20).


“1 Porque vós mesmos sabeis, irmãos, que a nossa entrada entre vós não foi vã;
2 mas, havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiança em nosso Deus para vos falar o evangelho de Deus em meio de grande combate.
3 Porque a nossa exortação não procede de erro, nem de imundícia, nem é feita com dolo;
4 mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.
5 Pois, nunca usamos de palavras lisonjeiras, como sabeis, nem agimos com intuitos gananciosos. Deus é testemunha,
6 nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;
7 antes nos apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos.
8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade desejávamos comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto vos tornastes muito amados de nós.
9 Porque vos lembrais, irmãos, do nosso labor e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.
10 Vós e Deus sois testemunhas de quão santa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco que credes;
11 assim como sabeis de que modo vos tratávamos a cada um de vós, como um pai a seus filhos,
12 exortando-vos e consolando-vos, e instando que andásseis de um modo digno de Deus, o qual vos chama ao seu reino e glória.
13 Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes.
14 Pois vós, irmãos, vos haveis feito imitadores das Igrejas de Deus em Cristo Jesus que estão na Judeia; porque também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que elas padeceram dos judeus;
15 os quais mataram ao Senhor Jesus, bem como aos profetas, e a nós nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens,
16 e nos impedem de falar aos gentios para que sejam salvos; de modo que enchem sempre a medida de seus pecados; mas a ira caiu sobre eles afinal.
17 Nós, porém, irmãos, sendo privados de vós por algum tempo, de vista, mas não de coração, tanto mais procuramos com grande desejo ver o vosso rosto;
18 pelo que quisemos ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas, e Satanás nos impediu.
19 Porque, qual é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa de glória, diante de nosso Senhor Jesus na sua vinda? Porventura não o sois vós?
20 Na verdade vós sois a nossa glória e a nossa alegria.”. (I Tessalonicenses 2.1-20)





I Tessalonicenses 3

O Amor Vence os Sofrimentos – I Tessalonicenses 3

Paulo sentiu seu coração pesar de cuidado pelos tessalonicenses quando se encontrava em Atenas, tendo achado por bem ficar sozinho por amor a eles, e pediu que Timóteo retornasse dali para Tessalônica, para fortalecer os cristãos e lhes exortar quanto a ficarem firmes na fé, diante das tribulações que ele estava sofrendo, de modo que ninguém recuasse na fé por temor de sofrer as mesmas coisas, ou então, por serem tentados pelo diabo, infundindo-lhes em suas mentes a mentira que Paulo havia fracassado no seu ministério, uma vez que estava sofrendo todas aquelas coisas (v. 2).
 Ninguém deveria ficar abalado com aquelas tribulações, porque antes mesmo que elas acontecessem Paulo lhes havia declarado o que sofreria conforme a revelação que recebera da parte de Deus, de forma que em vez de enfraquecerem na fé, aquelas tribulações deveriam servir para fortalecer a fé deles por verem que o evangelho progredia apesar de Paulo ter sido obrigado a fugir (v. 3,4).
Nenhum falso líder havia conseguido afastar o coração dos tessalonicenses daquele que lhes havia ganho para Cristo.
Satanás usa sedutores para desviar o rebanho daqueles que Deus levantou para liderá-lo, de maneira que venham a se desviar da verdade, do amor e da firmeza de fé.
Ele usa a mesma e velha estratégia que sempre usou para tal propósito, a saber, valendo-se de falsos argumentos contra a reputação deles, especialmente se as suas condições presentes são de aflições, em vez de facilidades; bem como acenando também com doutrinas que agradam à carne, que fazem comichão nos ouvidos e cócegas no ego.
Enfim, removendo a porta estreita e o caminho estreito do evangelho, sinalizando para os cristãos um caminho amplo de facilidades e comodidades que a carne tanto aprecia.
É a velha tentação de nos oferecer os reinos e a glória deste mundo, como fizera no passado quando tentou o próprio Cristo no deserto, pensando que poderia desviá-lo da Sua missão.
A vinculação no amor entre a ovelha e o seu pastor será um bom remédio preventivo quando o lobo vier para devorá-la, porque ela estará debaixo da segurança do cajado do pastor, que colocará o lobo em fuga.
Cristãos que procuram andar individualmente e não se permitem apascentar; que não buscam estar na segurança do aprisco de Deus, se expõem a muitas tentações e perigos, que poderão até mesmo levá-los a se desviarem completamente da comunhão com Deus e com seus irmãos em Cristo, porque fora da segurança do abrigo da Igreja, são facilmente desviados por Satanás, que anda em derredor buscando a quem possa tragar.
Especialmente nas horas de aflições, como os tessalonicenses estavam passando em suas perseguições, há necessidade desta proteção da liderança da Igreja, porque há muitas tentações envolvidas nisto, e Satanás pode levar vantagem para que recuemos na fé.
Pedro chegou até mesmo a negar a Cristo quando ainda era inexperiente na firmeza de fé que se deve ter na hora da perseguição que se levanta contra a Igreja.
Satanás pode fazer isto acontecer no mundo espiritual sem que haja necessidade de uma perseguição que nos venha fora da Igreja.
Ele pode fazer isto dentro da própria Igreja atuando como príncipe da potestade do ar, isto é, trabalhando no mundo espiritual causando perturbações nas mentes e corações dos cristãos, procurando tirar a paz e harmonia que há entre eles no Espírito.
Por isso Paulo disse ter ficado consolado em toda a sua necessidade e tribulação, por causa de ter sabido da firmeza da fé dos tessalonicenses naquela hora difícil que aquela  igreja estava vivendo (v. 7).
Tal era a alegria do apóstolo pela firmeza de fé dos tessalonicenses que chegou a afirmar que vivia por causa daquela firmeza deles no Senhor (v. 8), e que não haveria ações de graças suficientes que pudesse render a Deus por eles, por causa de toda aquela alegria que o seu bom testemunhos em Cristo estava lhe proporcionando (v. 9), de modo que orava incessantemente, de noite e de dia para que pudesse estar de novo com eles em Tessalônica (v. 10).
É importante destacar que não são os nossos sentimentos e desejos que devem prevalecer na obra de Deus, porque ainda que desejasse muito retornar a Tessalônica, Paulo teve que seguir a direção do Espírito retornando à Igreja de Antioquia da Síria, tendo passado antes por Éfeso, que não lhe foi permitido também por Deus ser evangelizada naquela ocasião, coisa que somente faria na sua próxima viagem missionária (terceira).
Foi também somente na sua terceira viagem que ele pôde retornar a Tessalônica.
Assim, não foram os desejos dos tessalonicenses e nem os de Paulo que determinaram o momento da sua nova estada com eles.
Neste reconhecimento de que é Deus quem deve dirigir os nossos passos ele lhes disse:
“Ora, o próprio Deus e Pai nosso e o nosso Senhor Jesus nos abram o caminho até vós,”  (v. 11).
Sabendo que aquela firmeza de fé não provinha deles próprios, mas de Deus, como resposta à oração, continuou orando para que o Senhor lhes fizesse crescer a aumentar em amor uns para com os outros e para com todos os demais cristãos que não pertenciam à Igreja de Tessalônica; do mesmo modo que o amor dele, Paulo, era grande para com eles (v. 12).
O amor pelo qual Paulo orava não era mero sentimento da alma, mas a graça do Espírito Santo, que é a essência mesma de Deus, e que se experimenta somente por meio da santificação do espírito, da alma e do corpo, conforme citado por Paulo no verso 23 do quinto capítulo desta epístola.
Assim, disse que orava para que o Senhor confirmasse os corações dos tessalonicenses, de maneira que fossem irrepreensíveis em santidade diante de Deus, na vinda de Jesus Cristo com todos os seus santos (v. 13).
Ele sabia que Jesus não viria logo, conforme expressa na sua segunda epístola aos tessalonicenses, mas sempre afirmava isto sobre a necessidade de um viver irrepreensível em santidade para a vinda do Senhor.
Não para que fossem achados irrepreensíveis somente a partir daquele dia da volta do Senhor, mas, viverem de modo irrepreensível por causa daquela vinda, porque os cristãos foram chamados para serem santos assim como Ele é santo, verdade que se manifestará em toda a sua plenitude por ocasião da Sua volta.
O apóstolo João também se expressou acerca desta necessidade de santificação para o encontro com o Senhor na sua vinda, dizendo que todo aquele que tem esta esperança de ser totalmente santo, deve purificar-se a si mesmo assim como o Senhor é puro (I Jo 3.2,3).
Nós vemos através das palavras de Paulo, que é Deus que nos santifica através da operação do Espírito.
Ele faz isto através da aplicação da Sua Palavra às nossas vidas, e o melhor veículo para a aplicação é a oração intercessória pessoal, e aquela que é feita pelos ministros da Igreja em favor da santificação de todos os cristãos debaixo do seu cuidado, como Paulo fazia em relação aos tessalonicenses.



“1 Pelo que, não podendo mais suportar o cuidado por vós, achamos por bem ficar sozinhos em Atenas,
2 e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus no evangelho de Cristo, para vos fortalecer e vos exortar acerca da vossa fé;
3 para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos destinados;
4 pois, quando estávamos ainda convosco, de antemão vos declarávamos que havíamos de padecer tribulações, como sucedeu, e vós o sabeis.
5 Por isso também, não podendo eu esperar mais, mandei saber da vossa fé, receando que o tentador vos tivesse tentado, e o nosso trabalho se houvesse tornado inútil.
6 Mas agora que Timóteo acaba de regressar do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, dizendo que sempre nos tendes em afetuosa lembrança, anelando ver-nos assim como nós também a vós;
7 por isso, irmãos, em toda a nossa necessidade e tribulação, ficamos consolados acerca de vós, pela vossa fé,
8 porque agora vivemos, se estais firmes no Senhor.
9 Pois, que ação de graças podemos render a Deus por vós, por toda a alegria com que nos regozijamos por vossa causa diante do nosso Deus,
10 rogando incessantemente, de noite e de dia, para que possamos ver o vosso rosto e suprir o que falta à vossa fé?
11 Ora, o próprio Deus e Pai nosso e o nosso Senhor Jesus nos abram o caminho até vós,
12 e o Senhor vos faça crescer e abundar em amor uns para com os outros e para com todos, como também nós abundamos para convosco;
13 para vos confirmar os corações, de sorte que sejam irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.”. (I Tessalonicenses 3.1-13)







I Tessalonicenses 4

O Significado de Estar Quietos em Cristo – I Tessalonicenses 4

De tudo o que se refere ao dever de santificação, mencionado neste 4º capítulo de I Tessalonicenses, que estaremos comentando, e no próximo (5º), é dito pelo apóstolo Paulo que os cristãos devem abundar cada vez mais em tudo que se deve aprender em relação a este assunto, de maneira que este é o modo de se andar na vida cristã, para se agradar verdadeiramente a Deus (v. 1).
O corpo é como um vaso de barro que nos foi dado por Deus, para que nele habite a excelência do Seu poder, de forma que este vaso deve ser possuído por nós, de forma santa e honrada.
Isto se faz com santificação, abstendo-nos de toda forma de prostituição (v. 2-4).
Isto não é uma opção para o cristão, mas um dever que lhe está imposto por Deus, de forma que Paulo rogou e exortou os tessalonicenses a viverem do modo pelo qual lhes havia ensinado (v. 1).
De modo que o sexo entre cristãos deve ser no casamento, e o leito deve ser sem mácula, sem paixão lasciva, conforme a que se vê entre aqueles que não conhecem a Deus, e que são governados pela impureza (v. 5).
A razão disto é que Deus não chamou os cristãos para a imundícia, mas para a santificação (v. 7).
Entretanto, a chamada a uma vida santa no casamento não significa abstinência sexual pela suspensão das relações conjugais, porque temos o mandamento de não defraudar o nosso cônjuge, isto é, não podemos negar-lhe a satisfação sexual que lhe é devida no casamento, pela justificativa de que o fazemos a pretexto da nossa santificação; e ao mesmo tempo também é ordenado que não se iluda através do adultério ou qualquer outra prática enganosa quanto ao casamento, como por exemplo, com promessas ilusórias relativas a compromissos sentimentais que não se tem o propósito de cumprir, de maneira que todo namoro deveria carregar consigo esta responsabilidade para se assumir um compromisso futuro de matrimônio, e não servir para a satisfação de caprichos carnais, quando uma das partes tem em vista enganar e iludir a outra.
Paulo disse que Deus é vingador de todas estas coisas, e tomará o partido da parte inocente e prejudicada contra a parte ofensora e culpada.
Devemos lembrar que tratamos com um Deus que é inteiramente justo e que não julga apenas os nossos atos, como também as nossas intenções  (v. 6).
A severidade de Deus lidando com apóstatas é uma ordenação santa para a preservação daqueles que creem, e para a edificação de toda a Igreja.
“Considera, pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado.”  (Rom 11.22).
A Bíblia exorta frequentemente a uma completa santificação, que inclui uma busca da maior pureza possível nesta chamada à santidade de caráter evangélico, que é aplicada progressivamente pela fé no evangelho de Cristo.
Os cristãos necessitam definitivamente darem todo crédito possível a isto e se entregarem a esta prática pela fé, porque são exortados na Palavra insistentemente de que esta é a vontade de Deus para com eles, de forma que rejeitar isto é rejeitar ao próprio Deus que o tem ordenado, e que nos tem dado o Espírito Santo para realizar o trabalho de purificação (v. 8).
Esconder esta verdade do povo de Deus, ou ensiná-la com meias palavras é cometer grave pecado contra o Senhor.
Paulo exortou os tessalonicenses a fazerem progresso na fé e no amor, apesar de estarem vivendo na verdade.
O que aprendemos de tal exortação é que apesar dele elogiá-los quanto à forma fiel como vinham servindo ao Senhor, ele os exortou a progredirem cada vez mais, de modo que aprendemos que a exortação não se aplica apenas a quem caminha desordenadamente, mas também a cristãos fiéis para que permaneçam firmes, para que façam progresso cada vez maior na fé e no amor, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para conosco.
A exortação do inicio do verso 11: “procureis viver quietos”, é de suma importância e é proveitosa para diversos fins, apesar de ser tão negligenciada em nossos dias.
A palavra usada no original grego para “quietos”  é encontrada também em Lc 14.4; 23.56; At 11.18; 21.14, e tem também o significado de “ficar calado”; “apaziguar-se”; “descansar”; e “viver em paz” .
Nós precisamos estar tranquilos em nossas mentes e espíritos. porque de outra maneira não podemos reter a Palavra de Deus, que é aplicada em nossos corações pelo Espírito.
Por isso Satanás procura por todos os modos e meios inquietar a nossa mente, para que não tenhamos um comportamento pacífico e calmo.
A falta disto nos rouba a nossa própria felicidade e a de outros, e por isso deveríamos nos empenhar para sermos achados quietos e em paz.
Nós devemos aprender a aquietar a nossa mente, porque é na paciência que ganhamos a nossa alma.
Devemos cultivar uma atitude quieta em relação aos outros, e sermos submissos e moderados, buscando ter uma disposição calma e pacífica, não dada à discussão, contenda ou divisão, porque Satanás trabalha muito nisto, para produzir separações na Igreja e nos nossos lares.
Um comportamento calmo e pacífico é fundamental para que não nos intrometamos nos assuntos e negócios de outras pessoas, conforme Paulo continuou exortando os tessalonicenses na continuidade deste verso 11:
“procureis... tratar dos vossos próprios negócios”.
Mentes agitadas se intrometem nos assuntos e na vida de outros produzindo perturbações.
Por isso, a Bíblia recomenda  muito o domínio próprio, a mansidão e o uso de palavras brandas, e condena toda forma de ira injustificada, palavras vãs e ásperas e tudo o mais que proceda de um mau temperamento não transformado pelo Espírito.
Como o fruto do Espírito é paz e mansidão (Gál 5.22,23), então nós podemos avaliar se a nossa pregação, adoração e tudo o que se refere à nossa devoção ao Senhor, tem procedido ou não do Espírito, pela aplicação do grande princípio espiritual que há neste mandamento “procurai viver quietos”, porque apesar de nos ser ordenado a alegria e o fervor em tudo o que fizermos para Deus, não é no entanto, compatível com isto um espírito intranquilo, iracundo, sem paz.
De modo que nos é ordenado que a paz de Cristo seja o árbitro constante do nosso coração (Col 3.15), de forma a sabermos que se estamos ou não ministrando e vivendo pelo Espírito de Deus, que é o mesmo espírito de Cristo, a saber, manso e humilde de coração.
Como estava ocorrendo em Tessalônica, que alguns cristãos não estavam querendo trabalhar, tanto nesta quanto na segunda epístola de Paulo aos tessalonicenses, ele os exortou a trabalharem com suas mãos para ganharem o seu próprio sustento e para que dessem um bom testemunho para aqueles que não são da Igreja, de maneira que a doutrina de Cristo seja ornada e não se dê ocasião ao inimigo de blasfemar contra os cristãos (v. 11,12).
Tendo falado da necessidade de um viver pacífico e moderado, Paulo citou em seguida, a necessidade de moderação em nossas tristezas, pela partida dos nossos irmãos em Cristo para o céu, por causa da nossa esperança no Senhor.
Os cristãos não são como os demais que não têm a Cristo, porque não têm nenhuma boa esperança quanto à partida deles deste mundo.
Assim, devem se consolar com tudo o que Deus tem prometido quanto aos cristãos que morreram, especialmente quanto à ressurreição futura prometida, que se dará por ocasião do arrebatamento da Igreja (v. 13 a 18).



“1 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como aprendestes de nós de que maneira deveis andar e agradar a Deus, assim como estais fazendo, nisso mesmo abundeis cada vez mais.
2 Pois vós sabeis que preceitos vos temos dado pelo Senhor Jesus.
3 Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,
4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra,
5 não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus;
6 ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.
7 Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação.
8 Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.
9 Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que se vos escreva, visto que vós mesmos sois instruídos por Deus a vos amardes uns aos outros;
10 porque certamente já o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, irmãos, a que ainda nisto abundeis cada vez mais,
11 e procureis viver quietos, tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo mandamos,
12 a fim de que andeis dignamente para com os que estão de fora, e não tenhais necessidade de coisa alguma.
13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança.
14 Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele.
15 Vos dizemos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem.
16 Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
17 Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.


18 Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”. (I Tessalonicenses 4.1-18)





I Tessalonicenses 5

Santificação de Espírito, Alma e Corpo – I Tessalonicenses 5

O conjunto de exortações que Paulo dirigiu aos tessalonicenses neste 5º capítulo, não deixa nenhum espaço para uma interpretação de que estivesse dizendo que os cristãos de Tessalônica não se preocupassem com o assunto da segunda vinda do Senhor, porque afinal todos não eram da noite, senão do dia, e assim, poderiam ter por certo que seriam arrebatados na volta do Senhor, e que tudo iria bem tanto para os cristãos que estavam sendo constantes em sua vigilância espiritual, quanto para aqueles estavam sendo negligentes.
Uma interpretação deste tipo está completamente incorreta e destrói tudo quanto não somente o apóstolo Paulo se esforçou quanto o próprio Senhor Jesus Cristo e os Seus demais apóstolos se esforçaram, para nos ensinar, no sentido de que os cristãos vigiem e se santifiquem para que sejam achados vivendo de modo digno da vocação deles no dia da   volta do Senhor para arrebatar a Sua Igreja.
Assim, as palavras de Paulo devem ser interpretadas da seguinte forma, como se ele tivesse dito: “Jesus voltará e vocês sabem disso, e assim como foram chamados para encontrarem com Ele para estarem para sempre na Sua santa presença, vocês devem vigiar e se esforçar para viverem de tal modo, que sejam sempre achados na condição de santidade, na qual devem se encontrar com Ele quando da Sua vinda.”
Foi para que nenhum cristão pensasse que o livramento deles da ira vindoura seria por qualquer mérito deles, e não pela exclusiva graça de Jesus, que Paulo disse aos tessalonicenses no verso 10 que:
“Jesus morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.”
Isto é de suma importância para ser lembrado, para que saibamos sempre qual é o caráter da nossa vigilância e santificação. Ele é evangélico.
Isto significa que sempre haverá alguma imperfeição nas nossas obras, mas Deus não nos condenará porque Cristo morreu por nós. E nos ressuscitou juntamente com Ele para uma nova vida, que já não morre eternamente.
Entretanto, isto não significa que estamos desobrigados de nos empenharmos em plena diligência na busca de uma santificação completa de espírito, alma e corpo (v. 23).
Até mesmo porque esta nova vida sobrenatural deve ser mantida e aumentada por tal santificação, sem o que, ela morrerá, ainda que, como já dissemos, não para uma morte eterna, mas para um viver sem a plenitude e o mover do Espírito, enquanto estivermos neste mundo.
Para evitar ainda uma distorção deste seu ensino, Paulo disse logo no verso seguinte (v. 11), que os tessalonicenses deveriam se exortar mutuamente, e também edificar uns aos outros, como vinham fazendo até então. Isto é, apesar da salvação não ser pelo mérito, é exigido perseverança, diligência e santificação de todos os cristãos.
Deus não afrouxa o padrão para nenhum dos Seus filhos, quanto ao modo como devem viver. Porque assim o exige a Sua perfeita justiça e santidade. O grande motivo para a santidade é que o cristão estava morto em delitos e pecados antes da conversão, mas Cristo lhe deu vida. E esta vida foi recebida para ser vivida de modo inteiramente santo.
Há muitas coisas que os cristãos devem obedecer e guardar.
Por isso, depois de ter apontado alguns dos deveres da Igreja quanto à necessidade de vigilância e santificação, com vistas ao encontro com o Senhor, Paulo lhes exortou que se submetessem aos líderes que o Espírito Santo constituiu sobre eles, para velarem por suas almas, uma vez que Deus lhes tem preparado e suprido com dons e talentos espirituais, para regerem o Seu povo, e cuidarem dos interesses do Seu Reino através da Igreja.
Eles devem reger, não com rigor, mas com amor. Eles não devem exercer domínio como senhores temporais; mas reger como guias espirituais, servindo de exemplo para o rebanho.
Eles estão em governo sobre os cristãos não como os magistrados civis, porque eles são auxiliares de Cristo, e devem reger pelas leis de Cristo, e não pelas próprias leis deles.
Então, com vistas a facilitar o trabalho destes líderes relativo ao aperfeiçoamento dos cristãos para a obra do ministério,  Paulo exortou os tessalonicenses a terem aqueles que presidiam sobre eles, em máxima consideração, isto é, lhes dando a devida honra que devem receber, conforme é da vontade de Deus.
O trabalho dos pastores deve ser reconhecido, porque como está no original grego, a expressão “que trabalham entre vós”; significa trabalhar até à exaustão.
Os que presidem o rebanho, no Senhor, devem trabalhar desta forma, e fazer isto entre os irmãos, na convivência com eles, e não distantes como supervisores seculares.
Muito do trabalho destes líderes consiste em admoestar, isto é, disciplinar o rebanho através de conselhos e repreensões (v. 12).
Como velam pela alma dos cristãos devem receber grande estima e amor de suas ovelhas por causa do trabalho que realizam. Este trabalho deve ser feito em paz entre os pastores e as ovelhas (v. 13).
Grande parte deste trabalho dos pastores consiste em prevenir o rebanho dos muitos perigos espirituais, através da Palavra de Deus.
Os pastores foram preparados por Deus para manejarem bem a Sua Palavra, especialmente para este fim.
Por isto não somente o pastor deve conhecer suas ovelhas, como estas devem conhecê-lo, para que possam dar a devida consideração ao seu ensino e exortações, sabendo que procedem de fato do Senhor, por causa do testemunho da sua vida.
O trabalho na Igreja deve ser feito em paz tanto entre os líderes e as ovelhas, como estas entre si.
Para tanto há necessidade de que se ande na verdade; que se viva e que se ande no Espírito, de modo que é dever de todos, em exercício de amor, e estando amadurecidos no amor, admoestar os insubordinados, consolar os desanimados, amparar os fracos, e usar de longanimidade para com todos, isto é, com todas estas pessoas e com quaisquer outras que estejam vivendo numa condição que demande o auxílio dos seus irmãos em Cristo.
Muitos vêm nesta exortação do apóstolo, uma oportunidade para ferir os seus irmãos, mas não é este de modo algum o propósito desta sua exortação; porque visa à manutenção da paz na Igreja; e não promover divisões.
Visa à restauração do cristão insubordinado, isto é, daquele que tem resistido à prática da Palavra de Deus, que em última instância é o mesmo que resistir ao Espírito Santo, porque é o autor desta Palavra para que seja obedecida por nós. Estes devem então ser admoestados, isto é, serem aconselhados e  repreendidos em amor, para que se arrependam.
A exortação do verso 14 visa também a consolar os desanimados, que podem estar recuando na fé por causa das suas perplexidades diante das tribulações e provações que estejam experimentando; ou que por qualquer outro motivo estejam perdendo o seu fervor por Cristo.
Estes devem ser ajudados a ver o propósito de Deus nas coisas que estão padecendo, que não visam à sua destruição, senão a lhes ensinar a serem perseverantes e para que possam ser amadurecidos espiritualmente.
Eles devem ter um ombro amigo ao seu lado, para ajudá-los a atravessar os seus vales de aflição.
É aplicando o mandamento de chorar com os que choram, que cumprimos esta exortação do apóstolo de consolar os desanimados.
Os fracos que devem ser amparados são aqueles que têm dúvidas quanto à certeza da sua salvação, porque não conseguem ser diligentes em toda a vontade de Deus.
Eles são fracos, porque não aprenderam ainda a confiar inteiramente em Cristo, em sua caminhada neste mundo.
Estes devem ser amparados, e não admoestados. Devem ser amparados especialmente por nossas orações, até que aprendam a prevalecer com a própria fé deles.
Quando disse que devemos ser longânimos para com todos, o apóstolo estava falando da necessidade de se usar da prática da longanimidade em todas estas ações referidas anteriormente, isto é, este trabalho deve ser feito com paciência, sem que percamos a nossa paz ou então que nos irritemos com aqueles que necessitam ser admoestados, consolados e amparados.
Por princípio básico na vida de um cristão, ele nunca deve retribuir o mal que receber de outros, antes deve permanecer na prática do bem, não apenas em relação para com os que são da Igreja, como também em relação aos que não pertencem a ela (v. 15).
Todas estas exortações que foram dadas por Paulo aos tessalonicenses, até este ponto da epístola e mais as que encontramos nos versos 16 a 22, configuram a base da santificação total a que ele se refere no verso 23, de todo o espírito, alma e corpo.
Assim, a santificação consiste na conexão de todas estas exortações, na prática de tudo o que nos tem sido ordenado por Deus na Sua Palavra.
O regozijo constante ordenado no verso 16 não é uma alegria carnal, mas uma atitude espiritual, que é promovida pela graça no coração.
Aflições e tristezas acompanham o cristão neste mundo, mas ele deve ter bom ânimo em todas as aflições que experimentar, por meio deste regozijo espiritual em seu íntimo, no Senhor.
A certeza da salvação, a operosidade no mundo espiritual especialmente pela dedicação à obra do evangelho, trará ao cristão este regozijo no seu espírito, apesar das aflições que possa estar experimentando no seu homem exterior, isto é, na sua alma e corpo.
Para este regozijo e a atitude de gratidão permanente a Deus em toda e qualquer circunstância (v. 18) é preciso orar sem cessar (v. 17).
  É importante considerar que ao falar sobre o dever de não se extinguir o Espírito Santo (v. 19), Paulo disse logo adiante no verso 20, que não se deve desprezar profecias, com o dever de colocar tudo à prova, para reter o que é bom.
Isto porque, muito do ato de não se resistir ao trabalho do Espírito, em plena cooperação com este trabalho consiste, sobretudo, no exercício dos dons espirituais, e por isto Paulo nomeou o de profecia, que é um dos principais dons sobrenaturais extraordinários do Espírito para a Igreja.
Estes dons exaltam a Cristo porque trazem a firme convicção de suas operações quando o Seu povo está reunido na Igreja para a adoração do Seu santo nome.
Reter os dons é o mesmo que apagar o Espírito. Reter os dons é uma forma de pecado, e sabemos que todo tipo de pecado entristece o Espírito, por conseguinte apaga as Suas operações. Extinguir o Espírito é o mesmo que deixá-lo do lado de fora da congregação.
Por nossa atitude de não se dar receptividade e boa acolhida ao Espírito, deixando de se dar liberdade às suas operações, nós O extinguimos, e  ninguém deveria ser achado culpado de tão grande pecado.
É dito que os cristãos seriam batizados com o Espírito Santo e com fogo. O Espírito trabalho como o fogo, iluminando, estimulando e purificando as almas dos homens. Nós devemos então ter o cuidado de não extinguir este fogo santo.
Não podemos julgar a obra do Espírito pela medida das nossas convicções teológicas, que não tenham verdadeiro apoio nas Escrituras.
Estas resistências são como baldes de água fria que apagarão ou impedirão que o Espírito queime como fogo no nosso espírito, purificando-nos e capacitando-nos para a obra do Senhor.
Nós devemos ter cuidado para não apagar o fogo do Espírito com luxúrias e afetos carnais, e por dar somente atenção às coisas que são terrenas.
Para não se aceitar tudo como sendo a manifestação real do Espírito Santo, porque o Inimigo pode imitar os dons sobrenaturais extraordinários citados nos capítulos 12 e 14 de I Coríntios, onde Paulo disse para examinarmos todas as coisas, corrigindo ou descartando as imitações e os excessos, que podem ocorrer quando a congregação está debaixo do mover do Espírito.
Deus é de paz e de bem. Não pode de maneira alguma promover o que não é de paz ou o que seja mau. Deste modo, todos os cristãos devem se abster de toda forma de mal (v. 22), inclusive da aparência do mal.
Se os cristãos devem ser conservados plenamente irrepreensíveis pela santificação total de espírito, alma e corpo, para a vinda do Senhor (v. 23), como podem então ter isto sem praticar tudo o que lhes tem sido ordenado por Deus em Sua Palavra?
Os cristãos foram salvos pelo Senhor para serem santificados, porque na condição de filhos de Deus, serão submetidos ao trabalho da graça, pelas operações do Espírito, que os conduzirá à perfeita imagem e semelhança de Cristo, de modo que serão achados na glória em plena santidade, assim como Ele é santo.
Este trabalho de santificação é todo realizado pelo Espírito Santo, pela aplicação da Palavra, que é o meio da nossa santificação, para a mortificação do pecado e para o revestimento das virtudes de Cristo.
Desta forma, Deus que chamou os cristãos para este propósito, haverá de cumpri-lo com certeza (v. 24).
Todo cristão tem o dever de se santificar, e faria bem em se dedicar a isto com toda diligência, porque este é o grande propósito de Deus para a sua vida, e foi para isto que foi salvo por Cristo.
Tal é a importância da aplicação a este dever, que Paulo exortou os tessalonicenses debaixo de conjuração, que todos lessem esta epístola (v. 27), e não somente eles, como também nós, faremos bem em lê-la para colocar em prática as coisas que nos são aqui ordenadas, para que tudo vá bem com nossas vidas, lares e Igreja.
Ao fechar a epístola ele pediu que os tessalonicenses orassem por ele, e que saudassem a todos os irmãos com ósculo (beijo) santo (v. 25,26).
Como tudo o que deve ser vivido e praticado pela Igreja depende inteiramente de que os cristãos estejam fortalecidos na graça de Jesus, ele encerra a epístola desejando que a graça do Senhor fosse com eles (v. 28).


“1 Mas, irmãos, acerca dos tempos e das épocas não necessitais de que se vos escreva:
2 porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite;
3 pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda;
5 porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas;
6 não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios.
7 Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite;
8 mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;
9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo,
10 que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
11 Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como na verdade o estais fazendo.
12 Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam;
13 e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.
14 Exortamo-vos também, irmãos, a que admoesteis os insubordinados, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.
15 Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, uns para com os outros, e para com todos.
16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não extingais o Espírito;
20 não desprezeis as profecias,
21 mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom;
22 Abstende-vos de toda espécie de mal.
23 E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
24 Fiel é o que vos chama, e ele também o fará.
25 Irmãos, orai por nós.
26 Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.
27 Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os irmãos.
28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.”. (I Tessalonicenses 5.1-28)





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